19.4.08

O Homem Absurdo ou "Homo (in)Significans"

"O que sei, o que é certo, o que não posso negar, o que não posso rejeitar, eis o que conta. Posso negar tudo dessa parte de mim que vive de nostalgias incertas, salvo esse desejo de unidade, esse apetite de resolver, essa exigência de clareza e de coesão. Posso refutar tudo neste mundo que me rodeia, me choca ou me arrebata, excepto este caos, este acaso-rei e esta equivalência divina que nasce da anarquia. Não sei se este mundo tem um sentido que o ultrapassa. Mas sei que não conheço tal sentido e que, de momento, me é impossível conhecê-lo. Que significa, para mim, um significado fora da minha condição?"

O Mito de Sísifo (Albert Camus)

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