Lembras-te do teu pai no quintal? Aquele defeito no polegar, a cicatriz no pulso? De fumares às escondidas atrás da capoeira? De roubares ovos para os venderes na loja? O gato de faiança? O gato verdadeiro, só pupilas e cauda? O teu passado foi-se embora, não te recordas de nada, nada disso existiu e é noite. Diz
- Boa noite a todos
diz
- Fcdnqr
o Tejo entende. E depois, a pouco e pouco, desce para ele.
Segundo Livro de Crónicas (António Lobo Antunes)
13.4.07
Boa noite a todos
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